quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

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Homenagem a Antonio Carlos Gomes da Costa




Alfredo Gomes da Costa recebe homenagem e comenta os legados deixados por seu irmão, além das melhorias necessárias para o sistema de garantia dos direitos da criança e do adolescente

A premiação do 7º Causos do ECA, ocorrida na última terça-feira no Anhembi, em São Paulo, contou com muita diversão, interatividade e expectativa. Um dos momentos mais emocionantes da cerimônia foi a homenagem feita pela Fundação Telefônica ao pedagogo Antonio Carlos Gomes da Costa, integrante da equipe de redação do Estatuto e um dos principais defensores dos direitos infantojuvenis no Brasil, falecido em março de 2011. Seu irmão, Alfredo Gomes da Costa, subiu ao palco para receber das mãos de Françoise Trapenard, presidente da Fundação Telefônica no Brasil, um quadro como  símbolo da sétima edição do concurso, que leva o nome de “Causos do ECA” por uma sugestão do próprio Antonio Carlos.
Alfredo, ao receber o presente, agradeceu e citou uma frase muito conhecida de seu irmão: “Quem nunca sentiu, em algum momento de sua vida, a presença de quem estava longe e a ausência de quem estava perto?”. Para ele, essa homenagem é uma forma de fazer com que os ensinamentos de Antonio Carlos se viabilizem entre todos os defensores dos direitos da criança e do adolescente. “E isso acontece em três níveis: cognitivo, afetivo e atitudinal. Ou seja, nos níveis racional, emocional e operacional, respectivamente”, acrescenta. Ele ainda atribui à coordenação da equipe que redigiu o ECA como, sem dúvidas, o maior legado deixado por Antonio Carlos. “Essa é uma grande herança e um enorme avanço no panorama legal dos direitos infantojuvenis”, relata.
No entanto, Alfredo ressalta a necessidade de alguns avanços na luta pela garantia dos direitos. “Ainda são necessárias algumas mudanças no panorama legal do sistema. É preciso avançar cada vez mais na questão da proteção integral e da incompletude. O trabalho em rede é essencial para melhorias no sistema, uma vez que ninguém consegue fazer tudo sozinho”. Ele também cita a necessidade de avanços nas formas de atenção direta entre educador e educando. “O pedagogo deve pensar em três tipos de educação: na educação para valores, para que a criança cresça como pessoa; no protagonismo, para que se torne cidadã; e na trabalhabilidade, para que se torne uma boa profissional”, acrescenta.
Outro fator relatado pelo especialista é a questão da heterogeneidade existente em Conselhos Tutelares e Conselhos dos Diretos. Alguns são bem estruturados, exemplares, enquanto outros ainda carecem de recursos. Para melhorar esse cenário, segundo ele, é necessário um salto triplo: registrar, sistematizar e disseminar experiências positivas, abordando diversas áreas. “O Causos do ECA é isso, é registrar, sistematizar e disseminar experiências. Por isso,  é extremamente importante para fortalecer a rede e o sistema de garantia dos direitos da criança e do adolescente”.

Fonte  :

http://www.promenino.org.br